Não notei o tempo em que esperei a vida me surpreender com
novidades ou com coisas que realmente me desprendessem da tristeza. Acho que
pela questão de acreditar primeiramente em que o tempo muda cura e traz algumas
coisas a tona. Ás vezes me sinto triste demais, irreconhecível. É até contraditório
dizer que eu, uma pessoa feliz e firme do que planejo nesse caminho que trilho
com tanto zelo, sinto que o medo me vence em um estalar de dedos, a euforia é
algo que nunca tomei e muito menos tive porre de adrenalina. Será a falta de crença
nas pessoas? É, posso até dizer que sim, faltam crenças como as minhas.
Recíprocas no fator, grau de sentimentalidade. Talvez até de profundidade, até
porque quando tenho o sonho, tenho um vicio ridículo de me jogar de cabeça sem
antes ver se dá mesmo pra nadar tão longe.
E me diz você, onde está a certeza
em que podemos fazer melhor? Onde estão aqueles sorrisos iludidos de que mesmo
que hoje tudo esteja dando errado, amanhã vai dar tudo certo? Pois é. Essa
tristeza que toma conta dos meus bons suspiros. Acreditar sozinha é bom, mas
tem dias que aquele empurrãozinho de confiabilidade idêntica a sua, é
essencial. O que posso desejar? Amor? Mais coragem? Talvez seja essa a palavra
certa, a peça chave: coragem.
Coragem de ferir o que você tem de melhor, mesmo
que seja pra essa cicatriz nunca ser curada totalmente. E nesse ponto, temos mais
coisas boas. A primeira, você aprende a não se ferir da mesma forma e segundo,
quando se tiver algo melhor do que a primeira ferida, você tem algo a comparar
e saber que nesse balanço, você vai ter muito mais felicidade pulando da altura
mais alta que você já pensou chegar. Eu continuo aqui, sempre pronta a saltar
do balanço.
Crendo, esperando e
desejando que a loucura tome conta das correntes e faça com que eu caia além,
além do que eu esperava.