sexta-feira, 6 de maio de 2011

Esquecemos

Está ai uma palavra difícil, não que sua gramática seja o problema, a questão está no que ela realmente significa. Para algumas pessoas é tão fácil esquecer, entretanto, para outras é um caso muito raro.
Até onde o esquecimento vale à pena? Normalmente, preferimos esquecer coisas que nos fizeram mal, porém freqüentemente, é destas que nós fazemos questão de lembrar sempre, principalmente quando se trata de um novo mal, por exemplo, cometido pela mesma pessoa dos outros males. Se tivéssemos o dom de esquecer as coisas ruins, neste caso, valeria à pena. Valeria lembrar apenas dos sorrisos, dos suspiros, dos abraços apertados, dos conselhos propícios e até da saudade que logo foi apagada.
Esquecemos também de coisas essenciais, como o amor ao próximo, o respeito por ele principalmente. As pessoas acabam adquirindo a mania de construir conceitos a respeito do próximo, sem apreciar o que ele tem a oferecer e ensinar. Continuam insultando, impondo regras sem considerar as próprias. E com este caos, até onde irá esse esquecimento? Até matarmos uns aos outros? Porque citar a questão hierárquica está fora de cogitação logo que esta está na maioria das situações. Onde colocamos os nossos valores? Boa pergunta.
Mas a lembrança das coisas boas também não é muito vista. Um exemplo, quando as pessoas deixam de nos fazer favores ou até mesmo deixam de lembrar um pedido, o que nos vem à mente é exatamente o montante de negatividade. O quão ela já nos fez um mal ou deixou de nos servir.
Também tem a vontade de esquecer um amor passado ou não correspondido. Um trauma. Uma dor. O que precisávamos salientar todos os dias, seria a pergunta: O que me fará bem esquecer? E fazer questão dessa tarefa cumprida. Fazer valer todas as palavras benditas, os favores inesperados, os conselhos construtivos, as boas ideias, todas aquelas pessoas, sorrisos, abraços e olhares que fizeram de você, aquele dia, ganhar o “levantar da cama”. Porque pelo que parece, existe uma “sala do esquecimento” em cada um de nós e o que temos que cuidar, é de não esquecer onde colocamos a chave.

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