Enquanto eu estava aqui, esperando você acordar, vi que
andei mais que você... percebi o quão eu fiquei parada no tempo. Sempre disse
que esperaria o tempo que fosse, mas hoje vejo que você não pretende andar na
mesma melodia em que ando.
Eu esperaria milhões de anos, se sentisse de você essa
vontade extrema de ser mesmo a minha família, de ser meus passos... esperaria a eternidade, se soubesse com
certeza que você sempre quis ser minha atenção principal. Sinto meu coração tão
partido, tão quebrado.. tão iludido com todas as promessas quebradas e tapadas
com a peneira. Sinto minha alma em
abismo profundo, perdida, sem saber onde parar, pra onde partir e o que fazer
amanhã, se meu alicerce era o seu apoio, o seu amor.
Nunca quis competir o seu amor com ninguém, até porque sempre acreditei que
colhemos o que plantamos, e se o amor não foi suficientemente grande ao ponto
de curar as feridas mais profundas, é porque eu não fui capaz de plantar algo
realmente grande, puro e verdadeiro. Queria mesmo acreditar que é apenas uma
nuvem cinzenta que paira em cima de cem anos de expectativas e sorrisos, e
transformam em dias o que era pra ser eterno... mas tem sido mais difícil do
que ter todo aquela certeza na hora da conquista.
Eu me sinto sentada em um camarote de teatro, vendo a peça
toda acontecer... chorando com o ato que não muda, e estarrecida por saber o final..
agora não sei se já passei da hora de sair do teatro sem presenciar o fim, ou
aposto meus aplausos ou silêncio em algo que só mostra, não ser diferente de
tudo que eu já vi...
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